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Hemoterapia da Santa Casa de Maceió busca doadores de plaquetas

Equipamento utilizado na coleta de plaquetas por aférese

Equipamento utilizado na coleta de plaquetas por aférese

No Dia Nacional do Doador de Sangue – 25 de novembro – o Serviço de Hemoterapia da Santa Casa de Maceió iniciou uma campanha para incentivar a doação de plaquetas por aférese.
A doação de plaquetas ainda é pouco conhecida da população. Componente do sangue, ela beneficia muitos pacientes, especialmente aqueles em tratamento para leucemias e outros tipos de câncer. Também precisam das plaquetas pacientes submetidos a transplante de medula óssea, a cirurgias cardíacas, as vítimas de trauma, dentre outros.
Antes de ser transfundido, o sangue coletado é fracionado em componentes. “A bolsa é submetida a um processo de separação de componentes por centrifugação, de forma que se o paciente possui anemia, será transfundido com concentrado de hemácias. Se tem sangramentos, transfunde a plaqueta. E se tem algum distúrbio de coagulação, transfunde plasma”, explicou a enfermeira do Banco de Sangue da Santa Casa, Karla Modesto.
Existem dois modos de fazer a coleta da plaqueta. Na primeira delas, por aférese, é possível conseguir uma dose do componente de apenas um doador. Uma das principais vantagens é que o paciente não entra em contato com o sangue de muitos doadores, o que diminui os riscos de sensibilização e contaminação. O componente já vai filtrado, sem os leucócitos, o que diminui os riscos de possíveis reações febris.
As plaquetas também podem ser obtidas de forma tradicional, através da doação de sangue, chamadas de plaquetas randômicas. Nesse caso, para se conseguir uma dose, é necessário a doação de sangue de 6 a 8 pessoas, pois a quantidade plaquetária em cada bolsa de sangue é muito pequena.
Os procedimentos de doação de sangue e plaquetas são bem semelhantes. Para a coleta da plaqueta é coletada uma amostra do doador para a realização do hemograma para avaliar suas condições de saúde e verificar a quantidade de plaquetas que ele possui. Pode acontecer de ter plaquetas apenas para ele, o que inviabiliza a doação.
Outro ponto avaliado é o acesso venoso. Os homens são os melhores doadores por, geralmente, terem o peso ideal e veias mais calibrosoas. “Isso é importante devido ao tempo de procedimento. Por aférese, são retirados de 200 a 240 ml. Como o volume de sangue coletado é menor, os riscos de o doador apresentar uma queda de pressão é mais baixo”, explicou a enfermeira do Banco de Sangue. A doação pode ser realizada a cada 72 horas, não ultrapassando 24 doações em 12 meses. A reposição das plaquetas pelo organismo é rápida e ocorre em torno de 48 horas.
De acordo com a enfermeira Karla Modesto, a transfusão de plaquetas, preferencialmente, deve ser feita com o mesmo grupo do paciente. “Mas fica a critério do médico a possibilidade de optar por doações de outros grupos”.
Validade
Seja ela randômica ou por aférese, as plaquetas doadas valem cinco dias. Já o sangue pode ser estocado por 35 a 42 dias, dependendo do tipo de bolsa onde é coletado. “Na Santa Casa as bolsas utilizadas tem validade de 42 dias por permitir uma melhor estocagem do sangue, principalmente, para os tipos sanguíneos negativos.Uma doação de AB negativo, por exemplo, é difícil de acontecer. A demanda também é pequena, por isso tanto esse tipo sanguíneo vence, como falta”, segundo Karla Modesto, a orientação para quem tem sangue negativo é doar só quando houver necessidade.

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