Santa Casa implanta protocolo de tromboembolismo venoso
A pneumologista e intensivista Anna Thereza Rocha Cavalcanti, doutora em Medicina e referência em tromboembolismo venoso (TEV) no Brasil, esteve em Maceió para uma palestra de atualização sobre o TEV com o corpo clínico e a equipe multidisciplinar da Santa Casa de Maceió. O evento simbolizou a implementação do protocolo de prevenção ao TEV na instituição.
O tromboembolismo venoso, termo que inclui a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP), é marcado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) em uma veia localizada profundamente, na maioria das vezes nas pernas, o que determina a obstrução parcial ou total dessa veia, impedindo à circulação local. “A conseqüência mais grave é o deslocamento do coágulo (trombo) para as artérias pumonares, ocluindo-as”, comentou o cirurgião torácico Artur Gomes Neto.
O tromboembolismo pulmonar (TEP) é considerado a 3ª causa mais comum de morte intra-hospitalar, levando a óbito aproximadamente 10% dos pacientes internados. Na maioria dos casos ele ocorre sem qualquer aviso e sem chance de intervenção, sendo a causa de morte evitável mais comum em hospitais. Já quando falamos em trombose venosa profunda (TVP) há estudos que indicam uma média de 50 casos a cada 100 mil habitantes na população.
“A maioria dos casos de TEV parece estar associada a situações clínicas de risco bem definidas denominadas fatores de risco. A formação do coágulo deriva especialmente da imobilidade prolongada, sendo mais comum em pessoas com idade superior a 50 anos e de pacientes submetidos a cirurgias de grande e médio porte”, explicou Fábio Lima, coordenador do Comitê Gestor de Protocolos.
O evento
O encontro com a pneumologista Thereza Rocha foi promovido pelo Comitê Gestor de Protocolos e pelo Núcleo de TEV, órgãos vinculados à Gerencia de Riscos e Práticas Assistenciais da Santa Casa de Maceió. O Núcleo de TEV é responsável pela implantação, implementação e gerenciamento desta patologia específica no complexo hospitalar.
“Trabalhos publicados em revistas cientificas relatam uma baixa adesão a este tipo de protocolo em hospitais não gerenciados na ordem de 30%. Com a implantação na Santa Casa de Maceió conseguimos nada menos que 70,6% de adesão em setembro. Portanto, temos um importante aumento na proteção dos nossos pacientes e como consequência temos mais vidas salvas”, finalizou.
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