Ação no Centro de Maceió orienta como agir em caso de desmaio e mal-estar súbito
O professor José Everaldo de Lima presenciou um colega morrer durante uma partida de futebol entre amigos. “De repente ele sentiu-se mal, deitou no campo e morreu de infarto no miocárdio. Mas, naquele momento ninguém sabia o que estava acontecendo. Não sabíamos o que fazer”, recorda Everaldo.
O amigo do professor Everaldo foi vítima da chamada morte cardíaca súbita, problema que mata anualmente mais de 160 mil homens e mulheres no Brasil e que levou a cardiologista Maria Alayde Rivera a montar um estande da Santa Casa de Maceió na Praça Deodoro motivada pelo 12 de novembro – Dia Nacional de Prevenção às Arritmias Cardíacas e Morte Súbita.
Gerente de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió, Alayde Rivera e sua equipe atenderam à população nesta quarta (11/11) na aferição individual de presssão arterial e dos batimentos cardíacos, orientando a população sobre como prevenir doenças cardíacas e como prestar os primeiros socorros em caso de mal-estar súbito. “A cada minuto de atraso no primeiro socorro, o paciente perde 10% de chance de sobreviver”, disse Alayde Rivera.
Diferente de ocorrências como os traumas, em que o paciente não deve ser removido do local, no caso do mal súbito (desmaio provocado por parada cardiorespiratória) o atendimento deve ser imediato. O passo a passo para iniciar os primeiros procedimentos inclui reconhecer a perda de consciência da vítima, tentando chamar sua atenção, e o imediato acionamento do SAMU.
Em seguida, deve-se iniciar manobras emergenciais como compressão torácica (30 compressões seguidas e cadenciadas com as duas mãos cruzadas pressionando a região central do tórax abaixo do peito) alternadas com a respiração boca-a-boca (dois sopros na boca da vítima fechando o nariz e inflando a região torácica. Nesse movimento, deve-se antes levantar o queixo da vítima para facilitar a passagem do ar).
As manobras devem ser repetidas até a chegada do SAMU. “Iniciativas como essa deveriam ocorrer com mais frequência para que as pessoas aprendam a reagir em situações de emergência”, finalizou o professor José Everaldo.
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