Especialista brasileira do CDC dos EUA discute ameaça global no Congresso Multidisciplinar
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já fala em ameaça global.
Órgaos de controle de doenças em diversos países debatem formas de conter o problema.
Gestores hospitalares e profissionais de saúde investem em rotinas e programas que evitem o fortalecimento deste, que é visto por alguns como o principal inimigo da raça humana no futuro próximo.
Estamos falando dos microoorganismos multirresistentes.
Doenças que antes eram curadas com relativa facilidade, por exemplo, poderão matar cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo até 2050, segundo a OMS.
Para debater este preocupante tema, a médica brasileira Denise Cardo deixou sua rotina de trabalho nos Estados Unidos e aceitou o convite da médica alagoana Teresa Tenório para participar do Congresso Multidisciplinar da Santa Casa de Maceió.
Denise Cardo dirige atualmente a Divisão de Saúde e Promoção da Qualidade, órgao do Centro Nacional de Zoonoses Emergentes e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.
O organismo é vinculado ao atuante Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (Centers for Disease Control and Prevention – CDC).
Autora de várias pesquisas e trabalhos científicos premiados, Denise Cardo é reconhecida internacionalmente como uma das maiores especialistas na área de segurança do paciente, saúde ocupacional e prevenção de infecções associadas aos cuidados de saúde.
Denise Cardo participou do congresso em dois momentos: ministrando uma conferência sobre o uso racional do arsenal antimicrobiano atualmente disponível no mercado e participando de uma mesa redonda abordando as medidas de controle da disseminação de microorganismos multirresistentes Gram negativos.
“Mais importante que novos e poderosos medicamentos, é preciso que haja o uso racional dos antibióticos e a adoção de medidas que evitem a disseminação de infecções”, disse Denise Cardo.
Ela citou como exemplo a correta lavagem das mãos, o isolamento de alguns determinados pacientes no âmbito hospitalar, a conscientização das pessoas para que não se automediquem com antibióticos entre outros.
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