Envelhecimento populacional: “O caminho é envelhecer de forma saudável ainda quando jovem”
Em 1977, a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou em sua agenda a criação de assembléias mundiais sobre o envelhecimento. Em 2005 a Politica do Envelhecimento Ativo definiu três pilares para um envelhecimento saudável – a saúde, a participação social e a segurança. Mais recentemente, acrescentou-se um quarto pilar: a educação.
Esses quatro pilares foram o cerne da palestra da geriatra Helen Arruda na aula inaugural do Grupo de Envelhecimento Ativo da Santa Casa de Maceió – o Geasc. O grupo segue na esteira da OMS valorizando e promovendo cada um desses pilares.
Ao detalhar cada um deles, a geriatra Helen Arruda mandou um recado não somente para as pessoas acima dos 60 anos que, segundo a lei brasileira, se enquadra na categoria de idoso. Seu alerta de uma vida mais saudável foi dirigida também às faixas etária mais jovens. “A saúde é como uma poupança. Quanto mais cedo você investe nela, melhor será sua aposentadoria no futuro”.
Além da geriatra Helen Arruda, comporam a mesa de abertura do projeto, o decano da instituição e presidente do centro de estudos da Santa Casa de Maceió Duílio Marsíglia e o professor Geraldo Liberal, coordenador do projeto.
Após articular e fomentar a criação do projeto, Helen Arruda transferiu a coordenação do Geasc para o professor Osvaldo Liberal, que participou de todas edições do projeto até hoje. Desta forma, o grupo passou a ser conduzido pelos próprios homens e mulheres que dele participam.
Números
“O fenômeno mundial do envelhecimento populacional é um caminho sem volta, apresentando implicações para os diversos domínios da sociedade. Desta forma, não há outra saída senão proporcionar a este grupo populacional um envelhecimento saudável, com melhor qualidade de vida, de forma mais inclusiva e participativa na sociedade”, diz Helen Arruda.
Com uma expectativa de vida na casa dos 71 anos, estima-se que dentro de 40 anos nada menos que 30% da população seja formada por idosos. A questão é como minimizar o impacto do envelhecimento da população na saúde pública, na previdência social, na urbanização das cidades, na economia e nas famílias. “O caminho é fomentar iniciativas que promovam o envelhecimento ativo, como estamos fazendo na Santa Casa”, diz Arruda.
Alagoas não foge a essa tendência mundial. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o estado está com uma população mais urbanizada, porém, mais idosa. Segundo o IBGE, Alagoas tem 72.881 idosos a mais que há dez anos. O extrato social acima dos 60 anos quintuplicou sua participação na pesquisa em relação às demais faixas etárias. Se em 1991 representava 5,1%, hoje os idosos já são 7,2% da população.
O caminho, segundo Helen Arruda, é buscar envelhecer de forma saudável ainda quando jovem.
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