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Oncologia da Santa Casa disponibiliza novo tratamento para câncer de próstata em AL

O Serviço de Medicina Nuclear da Santa Casa de Maceió traz para Alagoas o mais novo tratamento de combate ao câncer de próstata. Trata-se do moderno radiofármaco Xofigo (cloreto de radio-223), um antineoplásico indicado para casos avançados de pacientes com câncer de próstata, metástase óssea e dor associada.
Liberado em 2014 pela FDA (agência reguladora americana) e no ano passado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o radio-223 foi administrado pela primeira vez em Alagoas, esta semana, num paciente de 70 anos.

Segundo o médico nuclear André Gustavo Pino, os benefícios do radio-223 são o aumento de sobrevida geral do paciente; melhora da dor e da qualidade de vida; além do retardo no aparecimento de eventos esqueléticos, como fratura e compressão da medula espinhal, que pode exigir cirurgia ou radioterapia para tratar tais complicações.
Conforme explica o oncologista clínico Dilvado Alencar, um dos grandes problemas do câncer de próstata em estágio avançado é o surgimento da metástase óssea, sempre associada a dor.

“A vantagem do radio-223 em relação ao samário, radiofármaco utilizado até agora, deve-se ao fato de ser menos tóxico e mais efetivo no tratamento do tumor ósseo e no alívio da dor”, comemora Divaldo Alencar, lembrando que são necessários seis meses de tratamento, sendo uma aplicação por mês, para que os resultados alcancem o seu objetivo. O tema será abordado, inclusive, no Simpósio de Oncologia, realizado nos dias 7 e 8 de julho, no centro de convenções do Hotel Jatiúca.

O médico nuclear André Gustavo Pino explica o avanço tecnológico proporcionado pelo novo radiofármaco. “O radio-223 emite a radiação alfa, até recentemente descartada pela Medicina devido ao seu alto teor nocivo para o organismo. No caso do radio-223, por estar no mesmo grupo do cálcio na tabela periódica, os pesquisadores descobriram sua alta capacidade de se fixar no esqueleto e ser benéfico em neoplasias ósseas”, detalhou.

Comparando com o radioisótopo utilizado no tratamento de tireoide, onde o paciente precisa ficar em isolamento, o radio-223 tem um alcance menor que 1mm ao seu redor, o que permite atingir o tumor e reduzir os efeitos sobre partes sadias como a medula óssea. “O paciente não precisa ficar em isolamento e pode voltar a sua rotina após a aplicação”, acrescentou André Gustavo Pino.

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