Dietas querem eliminar os carboidratos da alimentação
O carboidrato virou o grande vilão de quem está querendo perder peso. Atualmente as novas estratégias de emagrecimento buscam reduzir ou eliminar o carboidrato da alimentação.
Para discutir as vantagens e desvantagens dessas dietas, a nutricionista Silvya Albuquerque levou o tema para o 1º Colóquio de Nutrição, evento de educação continuada promovido pela Divisão de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió em parceria com a Equipe de Nutrição Clínica.
Em pauta o papel do teste genético na prescrição nutricional e as dietas Hiperproteica, “Low Carb” e Jejum Intermitente. O teste genético permite definir um plano alimentar personalizado, sendo útil na identificação do risco para desenvolvimento de doenças entre outros benefícios.
Os defensores da dieta Hiperproteica defendem o consumo de proteínas (carnes, leite e derivados) e da boa gordura (azeites, castanhas, etc.) e a eliminação de carboidratos (tubérculos, vegetais, arroz e alimentos processados como massas, biscoitos etc.).
Qualquer restrição alimentar precisa ser orientada por um nutricionista, uma vez que pode sobrecarregar os rins e o fígado ou gerar outras patologias em pessoas com predisposição ou histórico familiar. “Toda dieta é individual, uma vez que o metabolismo e as comorbidades são individuais”, disse Silvya Albuquerque.
A “Low carb” assemelha-se à Hiperproteica (quanto ao consumo de proteínas), mas inclui no cardápio os chamados “carboidratos bons”: tubérculos (batata, inhame etc) e vegetais. Já o Jejum Intermitente assemelha-se à “Low carb” (consumo de proteínas, gorduras e vegetais), mas exagera ao propor intervalos de jejum que variam de 16 horas a 36 horas entre uma e outra refeição.
Existe uma grande discussão sobre os benefícios e malefícios de tais dietas e sobre o consumo ou não de carboidratos, mas num ponto todos concordam: em nutrição, todo excesso é prejudicial, principalmente se não tiver a orientação de um especialista.
“O prato precisa ser equilibrado, metade tem que ser de verduras ou legumes, crus ou cozidos; um quarto de carboidratos e um quarto de proteínas”, orienta Silvya Albuquerque.
Há um consenso de que existem carboidratos bons (que devem ser consumidos) e carboidratos maus (que devem ser evitados ou reduzidos).
Os bons carboidratos (vegetais, frutas, legumes, nozes, sementes, grãos integrais e tubérculos) ajudam na digestão e são compostos por nutrientes importantes para o organismo. Já os maus carboidratos (bebidas adoçadas, suco de fruta, pão branco, biscoitos, sorvete, batata frita, doces e chocolates) devem ser evitados pela alta concentração de açúcar, gorduras e sódio.
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