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Santa Casa: uma referência em cirurgia bariátrica e metabólica

Previsão é realizar mais de 500 procedimentos até dezembro; planos cobrem cirurgia bariátrica

Cirurgião Bruno Mota, coordenador do Serviço de Cirurgia Bariátrica

A Santa Casa de Maceió deve fechar o ano totalizando cerca de 500 cirurgias bariátricas por vídeo, das quais 330 realizadas pela equipe do médico cirurgião Bruno Rocha Mota, coordenador do Serviço de Cirurgia Bariátrica do hospital.
Membro da Sociedade Mundial (IFSO) e Brasileira (SBCBM) de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Bruno Mota lembra que esse número ainda é pequeno frente à expansão da obesidade em todo o mundo.

“É uma epidemia internacional, que representa um risco também no Brasil e em Maceió”, disse o especialista. Citando o Vigitel, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, Maceió é citada como a terceira capital brasileira em número de obesos, perdendo apenas para Porto Alegre e Fortaleza. “Metade da população brasileira está acima do peso”, enfatiza.

O grande problema da obesidade é que ela geralmente vem acompanhada de outras doenças (comorbidades), como a hipertensão, o diabetes e o risco de doenças cardiovasculares (leia-se: AVC e infarto do miocárdio), não sendo apenas perda de peso.

A cirurgia bariátrica é a principal ferramenta para tratar a obesidade mórbida no mundo. O procedimento é indicado apenas nos casos em que o organismo não responde mais aos tratamentos clínicos e cujo IMC (Índice de Massa Corpórea) é superior a 40. Caso esteja entre 35 e 40, é preciso apresentar duas ou mais comorbidades.

Mas, engana-se quem pensa que os resultados da bariátrica são apenas estéticos, focados na perda de peso. A literatura médica aponta que o procedimento é eficiente também em casos de diabetes (86%) e de hipertensão arterial (85%), além de ajudar na fertilidade feminina (uma gestação deve ocorrer um ano e meio após a cirurgia), na prevenção do câncer de mama, endométrio, ovários, esôfago e renal.

Pacientes com risco de desenvolver doenças cardiovasculares têm um aumento de 17 anos na expectativa de vida. A obesidade dificulta até mesmo o tratamento oncológico.

Os efeitos positivas da cirurgia bariátrica em pacientes diabéticos resultou no surgimento de um novo procedimento cujo objetivo é justamente tratar o diabetes: a cirurgia metabólica.

Após anos de estudos em todo o mundo e no Brasil, a técnica foi aprovada em 2017 pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Ministério da Saúde.

Realizada na Santa Casa de Maceió, a cirurgia metabólica ainda esbarra numa barreira: os plano de saúde não são obrigados a cobrir o procedimento. O SUS, por sua vez, oferece a cirurgia e acompanhamento especializado, mas somente em hospitais vinculados à esfera federal, ainda assim com grande limitação.

A cirurgia metabólica é indicada nos casos de diabetes de difícil controle e cujo o Índice de Massa Corpórea (IMC) gire entre 30 e 35. O paciente também deve ter células pancreáticas viáveis no organismo.

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