Crescimento da Santa Casa de Misericórdia de Maceió foi um dos temas do Almoço com o Provedor
Histórias, sugestões e muita informação deram ritmo ao Almoço com o Provedor da última sexta-feira (23). Nesta edição, o encontro semanal reuniu, no Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota, a segunda leva dos colaboradores mais antigos da Santa Casa de Misericórdia de Maceió.
Humberto Gomes de Melo, provedor da instituição, deu as boas-vindas a todos e explicou o objetivo do encontro. “É sempre um prazer ter esse momento com os colaboradores. Antes, fazíamos um bate-papo a cada 15 dias e percebemos que não era o suficiente. Quando iniciei minhas atividades como provedor, em 30 de julho de 2003, a Santa Casa de Misericórdia de Maceió tinha 1181 colaboradores. Hoje ela tem 3009. Então intensificamos esse momento de troca de informações, não apenas com o provedor, mas com diretores, superintendentes, gerentes e gestores para podermos ouvir um pouco de suas histórias no hospital e o que podemos melhorar”, disse.
Entre as histórias contadas, a de Eridan Ferreira Vieira, que há 30 anos faz parte do corpo de funcionários da instituição, chamou a atenção. “Recebemos um chamado para a captação de um coração no então Hospital do Açúcar. Era madrugada, duas da manhã, e fui com os médicos Daniel e Hemerson buscar o órgão. Como não podíamos perder tempo, Dr. Daniel disse que iria dirigindo. Mas ele não dirigia muito bem, então fui rezando para chegarmos o mais rápido possível e em segurança. Lembro como hoje quando me entregaram a caixa estéril com o coração dentro. Foi uma emoção que nunca vou esquecer”, disse a auxiliar de enfermagem do centro cirúrgico do Hospital Álvaro Peixoto.
Com 31 anos de casa, Sandra Cristina da Silva Nunes relembrou a época das máquinas do setor financeiro e as mudanças nas últimas décadas. “Eu ia para casa e o barulhinho da manivela continuava na mente”, contou aos risos. “Já cheguei a dormir no trabalho para dar conta de todas as tarefas. Hoje, o sistema só falta falar. Ainda trabalhamos até tarde, quando necessário, mas, agora, temos um táxi pago pela instituição para nos levar em casa. Antes ia de carona e nem lembro quantas saias cheguei a rasgar para subir no transporte”, disse a assistente administrativa da Auditoria Hospitalar.
Sonival Avelino de Araújo já foi vendedor de banana na frente da Santa Casa de Maceió quando conseguiu uma oportunidade no hospital. Durante o Almoço sugeriu algumas melhorias para a locomoção dos pacientes que saem do ambulatório. “Acredito que o nivelamento do piso ajudaria muito, pois há pacientes que têm dificuldade para andar, alguns precisam de cadeira de rodas. Os motoristas também poderiam ser mais conscientes e não estacionar na porta do ambulatório”, disse o auxiliar administrativo de internação na clínica médica Irmã Inocência.
“A Santa Casa de Maceió tem 168 anos e, graças a Deus, está crescendo. Temos um projeto para regularizar o piso e a fachada. Essa é uma das nossas preocupações. Em um Almoço recente, comunicamos também que a sinalização dentro das unidades está sendo implantada, bem como a entrega dos exames será dinamizada. Estamos em negociação para um convênio que vai viabilizar o recebimento do exame até 48 horas, com o pagamento de uma pequena taxa”, disse o provedor.
Há 29 anos na instituição, Sonival terminou seus estudos, entrou na faculdade, mas não concluiu. Mas se orgulha em ter uma filha formada em Marketing, que há seis anos também faz parte do corpo de colaboradores da Santa Casa de Maceió. “Peço sempre para participar da integração dos novos colaboradores e digo que tratem bem as pessoas, tanto os pacientes como seus acompanhantes. Falo também que nunca deixem de estudar se quiserem crescer na instituição. Nossa ideia é realizar muitas seleções internas. Quem não conseguiu na primeira tentativa, não desista. Vejo que os antigos auxiliares hoje são técnicos de enfermagem. Outros cargos estão sendo ocupados por pessoas que evoluíram por meio do estudo. Fico muito feliz em saber que os filhos dos nossos colaboradores estão se unindo a nós”, disse Humberto Gomes de Melo.
A psicanalista Rosinete Maria de Mendonça Melo, esposa do provedor e uma das idealizadoras do encontro semanal, também destacou a importância do Almoço. “Hoje recebemos alguns colaboradores com mais de 20, 30 anos de casa. Suas vidas se confundem com a história da instituição. Fico sempre encantada com a dedicação de todos”, disse.
Dia de pagamento
Analista da Folha de Pagamento, Francisco Santos de Souza é adorado por seus colegas. Com relatórios precisos, o pagamento nunca atrasou. “Sempre penso no que pode dar errado, no imprevisto, como a falta de energia. Já aconteceu, mas antes do prazo final, o que foi um alívio”, contou o colaborador que está há 31 anos na Santa Casa de Maceió.
Sílvio Melo, gerente de Gestão de Pessoas, lembrou que a curiosidade de Chico, como é conhecido, aliado ao seu jeito calmo, são responsáveis pela pontualidade no pagamento dos colaboradores. “Chico é um autodidata. Ele decifra a Tecnologia da Informação. Já ocorreu de num dia do Natal ou num domingo, ele estar trabalhando para que a folha fosse paga em dia. Ele precisa ter todas as informações para não faltar nem um centavo”, destacou. “É muito bom conviver com pessoas que têm 30 dias e outros com 30 anos de casa. É sempre um aprendizado”, finalizou o gerente.
Deixe uma resposta