ORTOPEDIA | Cirurgião fala sobre a segurança aplicada na retomada das cirurgias eletivas na Santa Casa de Maceió
Com a chegada do novo coronavírus (Covid-19), a Santa Casa de Maceió precisou, entre outras medidas, cancelar todas as cirurgias eletivas que pudessem ser postergadas sem que houvesse prejuízo para o paciente. Com a diminuição dos casos de internação em razão da doença, o processo de retomada das atividades cirúrgicas no hospital foi iniciado em julho, incluindo os procedimentos ortopédicos eletivos.
Antônio Alício, supervisor do serviço de Ortopedia da Santa Casa de Maceió, fala sobre essa etapa. “Hoje tenho plena certeza de que estamos traçando as melhores estratégias. O hospital, que já vem há vários anos se dedicando à segurança do paciente, nesse momento de pandemia, foi totalmente segmentado com áreas Covid e Não Covid. Então, no local onde são feitas as novas internações não há nenhum paciente infectado com a doença”, afirmou, em vídeo, o cirurgião.
No primeiro momento serão atendidos os pacientes sem comorbidades e com a necessidade de intervenção precoce. Não são considerados urgência, mas casos com lesões que quanto antes forem tratadas de forma cirúrgica, mas rápida será a reabilitação do paciente.
Ainda segundo Antônio Alício, a instituição foi muito importante na assistência à população durante a pandemia. “A Santa Casa de Maceió abriu mão de ser o que é – o hospital que tem um volume muito grande de cirurgias programadas -, para ajudar a todos. Só não voltamos antes com as cirurgias porque só o faríamos quando tivéssemos segurança completa”, reforçou o especialista.
FLUXO – Para o atendimento dos pacientes durante o auge da pandemia, um novo fluxo de circulação foi feito por uma equipe multiprofissional (farmácia, enfermagem, CCIH, engenharia, entre outros setores). Após levantamento de todos os procedimentos por especialidade da fonte pagadora SUS e que foram suspensos, em 15 de julho, a instituição voltou com a regularização dos relaxantes (medicação anestésica que é utilizada por pacientes de Covid-19) e com as cirurgias de urgência em pacientes que precisavam operar, pois tinham o risco de uma complicação maior e já aguardavam há quatro meses por cirurgia. Em agosto, as atividades cirúrgicas eletivas foram retomadas.
A retomada foi feita em três fases: cirurgias de urgência, priorizando as que não necessitavam de UTI, já que as unidades de terapia intensiva estavam muito cheias com paciente covid-19; planejamento do mapa cirúrgico um dia antes do procedimento, considerando o gerenciamento do planejamento de leitos e número de altas; e checagem dos EPIs e da capacidade instalada dos anestésicos.
Deixe uma resposta