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Projeto Dragon Boat recebe recursos de emenda da deputada Fátima Canuto

Remadoras têm apoio da Santa Casa de Maceió e da Rede Feminina de Combate ao Câncer

Pensando no autocuidado e na melhoria da qualidade de vida das mulheres mastectomizadas, o Serviço de Mastologia da Santa Casa de Maceió e a Rede Feminina de Combate ao Câncer se uniram para fortalecer o Projeto Dragon Boat (barco dragão), que, em Alagoas, recebeu recursos da deputada estadual Fátima Canuto.

Um bate-papo leve e enriquecedor apresentou a embarcação, além dos benefícios que a prática do remo tem para a saúde, durante encontro realizado nesta segunda-feira (08), Dia Mundial de Combate ao Câncer, no Centro de Estudos da instituição.

“O apoio que a deputada Fatima Canuto trouxe para este barco, que se junta à Mastologia do hospital, vai ajudar as mulheres que tiveram câncer de mama com a prática do remo. Essa ação será importante não só para uma recuperação física, mas também como um chamamento de novas pessoas a se engajarem nesse trabalho maravilhoso que é a prevenção do câncer, principalmente a do câncer de mama”, disse o provedor Humberto Gomes de Melo, que destaca que a Rede Feminina um braço voluntário da Santa Casa de Maceió.

Cabeça do dragão; oficina em Paulo Afonso, na Bahia; e as remadoras do Eu Mama Rosa

A embarcação foi produzida em Paulo Afonso, na Bahia. Com a emenda, o projeto Dragon Boat terá os custos de manutenção e guarda da embarcação cobertos; uma van para o transporte das remadoras; e honorários para a professora. Além disso, as remadoras terão prioridade na marcação das revisões anuais e seus respectivos exames relacionados ao câncer de mama.

A apresentação da canoa e das novas diretrizes do projeto Dragon Boat contou com a presença da equipe de canoagem Eu Mama Rosa. “Começamos a semana com esse momento especial, vendo o fruto da emenda parlamentar de nossa autoria. Vamos dar fortalecimento a esse programa tão importante para as mulheres mastectomizadas, que é o Dragon Boat, que já tem feito sucesso no mundo inteiro e agora chegando em Alagoas”, afirmou a deputada estadual Fátima Canuto.

Provedor Humberto Gomes de Melo, Majô Lima, deputada Fátima Canuto, integrante do grupo Eu Mama Rosa, Élia Pontes e Maria Helena Russo

 

No Brasil, a modalidade esportiva é usada como uma maneira de auxiliar na recuperação de mulheres que venceram o câncer e mastectomizadas, que retiraram uma ou as duas mamas. “O projeto representa esperança para milhares de mulheres que tiveram a doença e se sentem em depressão. Quando elas veem uma canoa como a Dragon, composta por 22 mulheres que venceram a doença, isso dá uma certa elevação de autoestima e faz outras mulheres pensar na prevenção, para também não estar dentro do barco. Ou se estiver, que esteja detectando a tempo esse câncer de mama, que hoje não é mais sentença de morte”, destaca Majô Lima, coordenadora de comunicação e voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Remadoras em ação na lagoa

Durante as remadas, as participantes trabalham o linfedema, complicação importante do tratamento para o câncer de mama que pode se tornar crônico. “A prática do exercício físico vale no intuito de evitar que o câncer apareça, como no auxílio do tratamento, ou mesmo aumentando as chances de cura. Com a prática do remo, caiu o mito de que as mulheres com câncer de mama não podem fazer exercícios com os membros superiores.”, destacou Lígia Teixeira, coordenadora do Serviço de Mastologia do hospital.

“Essa é uma parceria forte, solidificada. As mulheres que realizam tratamento oncológico na Santa Casa terão, também, a oportunidade de fazer parte do grupo de remadoras com o Dragon Boat. É um projeto que já existe, mas que traz um novo momento com essas mulheres. A partir de agora, a expectativa é que o projeto tenha mais integrantes, que poderão semear o autocuidado e o fortalecimento da autoestima”, disse Taciana Amorim, coordenadora do Serviço de Humanização do hospital.

Sobre o Dragon Boat

Seu nome faz referência ao dragão, um símbolo importante na cultura chinesa, que representa força e sabedoria. O barco é denominado assim porque tem uma cabeça na proa e cauda de dragão na popa. A pintura de muitos deles também é para lembrar a pele do animal mitológico.

Para a prática do Dragon Boat, é utilizado um barco longo, com mais de 12 metros de comprimento. Ao todo, 22 atletas, divididos entre remadores, timoneiros e ritmistas, remam de forma sincronizada na mesma embarcação. Além do esforço para remar, é preciso haver sincronia dos movimentos com as companheiras de equipe.

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