Santa Casa investe em rotinas de transferência segura de pacientes
Todo e qualquer paciente internado numa unidade hospitalar requer cuidados. Alguns bem mais – como aqueles em tratamento nas UTIs – outros menos, quando estão em alta médica. Agora, o que pouca gente tem consciência são os riscos inerentes ao transporte deste paciente, seja dentro do próprio hospital, seja entre um hospital e outro. Da mesma forma, pouca gente conhece a rotina para que um paciente consiga essa transferência.
"Para realizar a transferência de um paciente é preciso haver motivos justificados, ao tempo que o médico deve certificar-se da existência de vaga para formalizar o pedido. O médico deve ainda observar a condição clínica mais adequada, checando se os sinais vitais estão estáveis, se não há processos infecciosos graves e se não há risco iminente de morte", alertou Luís Cláudio Albuquerque, gerente da Qualidade e Unidades Internas.
"A decisão de transferir um paciente deve ponderar os benefícios e os riscos potenciais. A necessidade de cuidados adicionais, relacionados à tecnologia ou ao grau de especialização necessário ao tratamento, é a razão prioritária para o transporte de pacientes. Os riscos devem ser minimizados através de um planejamento criterioso, qualificação de profissionais e escolha de estrutura hospitalar apropriados", acrescentou o gerente.
O programa de transferência e admissão segura tem também como objetivo evitar a disseminação de microrganismos resistentes a múltiplas drogas.
Sua execução é de atuação multidisciplinar, conforme fluxograma institucional. “Ressaltamos a importância do isolamento, as precauções de contato, solicitação de culturas de vigilância relacionadas aos procedimentos invasivos, banho com clorexidina logo após a admissão do paciente e o registro no prontuário eletrônico”, elencou a gerente de Risco e Assistência Hospitalar, Tereza Tenório.
“Em relação aos pacientes infectados ou colonizados, estes devem permanecer em isolamento eficaz com monitoramento semanal de culturas de vigilância, de acordo com o micro-organismo incidente”, acrescentou.
Lista de documentos
No tocante à transferência de pacientes entre hospitais, a Santa Casa de Maceió vem implantando rotinas que apresentem melhores resultados assistenciais visando a segurança do paciente. Uma delas lista os documentos obrigatórios para a internação de pacientes, como cópias de exames; o Termo de Consentimento Informado, assinado pelo paciente ou responsável; e, principalmente, a solicitação médica, que deve descrever de forma detalhada em relatório a condição do paciente, os motivos de transferência, as hipóteses diagnósticas e as conduções terapêuticas tomadas.
O médico também deve entregar à família do paciente a guia de internação do convênio ou do SUS devidamente preenchida e autorizada. No primeiro caso, é preciso levar o documento à operadora do plano de saúde para obter autorização.
No caso do SUS, a família deve apresentar o documento no próprio hospital, já preenchida pelo médico assistente e autorizada pela Secretaria Municipal de Saúde. Na Santa Casa de Maceió, cabe ao Setor de Internação informar a existência de vaga além de dar andamento ao processo administrativo para a efetiva internação do paciente.
"Uma das maiores preocupações dos gestores hospitalares é o gerenciamento apropriado de seus leitos. O processo inclui a admissão de pacientes, a transferência interna entre leitos e de pacientes oriundos de unidades hospitalares, entre outros. Mas, para tanto, é preciso considerar vários fatores que, se forem não observados, poderão trazer sérios riscos à saúde do paciente", finalizou Luís Cláudio
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