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Santa Casa de Maceió disponibiliza Relatório Anual de 2012 em formato digital

Relatório disponível no portal da Santa Casa de Maceió

Relatório disponível no portal da Santa Casa de Maceió

O portal da Santa Casa de Maceió disponbiliza para a sociedade alagoana, em formato digital, o Relatório Anual 2012 da instituição contendo projetos, iniciativas e as contas da entidade auditadas e aprovadas pela KPMG. Confira a seguir a mensagem do provedor Humberto Gomes de Melo com uma análise do ano de 2012.

MENSAGEM DO PROVEDOR

A Santa Casa de Misericórdia de Maceió, cumprindo disposições estatutárias, submete à apreciação da sua Irmandade, das autoridades constituídas e da sociedade alagoana o seu Relatório Anual e Demonstrativo Econômico-Financeiro do ano de 2012.
Nos últimos anos, o setor saúde vem enfrentando muitas dificuldades, e não foi diferente no ano de 2012. Todas as pesquisas nacionais vêm apontando, há muito tempo, que saúde é o maior problema da população brasileira. O grito das ruas não vem sendo ouvido pelos nossos governantes, e quem mais sofre são os 146 milhões de brasileiros (3/4 da nossa população) que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) e os prestadores de serviços (clínicas, laboratórios, serviços de imagem, hospitais e médicos) que atendem os pacientes do SUS.
Tomando como exemplo as internações hospitalares – por local de residência –, observamos que foram internados pelo SUS, em 2012, 11.047.881 (dados do Datasus em 31/03/2012), representando 7,56% da população exclusivamente SUS. Há grandes discrepâncias regionais, pois enquanto São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Sul internaram, respectivamente, 9,78%, 9,57%, 8,79% e 8,73%, os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Amapá, Paraíba, Amazonas e Sergipe internaram, respectivamente, 5,95%, 5,94%, 5,94%, 5,90%, 5,79%, 5,43% e 4,86%. Sabemos que as operadoras de planos de saúde internam, em média, 14,1% dos seus beneficiários.
Os gastos das Operadoras de Planos de Saúde, no ano de 2011, com despesas de assistência hospitalar e ambulatorial dos seus 46,9 milhões de usuários (¼ da população brasileira), na época, foram de R$ 68,9 milhões, enquanto o SUS, no mesmo ano, gastou com os outros 146 milhões (¾ da população) – que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde – R$ 31,5 milhões; em 2012, os gastos foram de R$ 36,2 milhões. O ex-ministro Adib Jatene, em encontro com a presidente Dilma, poucos dias antes da sua posse, afirmou que saúde nunca foi prioridade em qualquer governo e acrescentou: para ser prioridade, há necessidade que se coloque dinheiro suficiente no orçamento da saúde, na proporção das necessidades da população, e nenhum governo o havia feito até aquele momento. A presidente garantiu que, no seu governo, saúde seria prioridade.
A realidade da saúde, em Alagoas, pode ser avaliada pela quantidade de pessoas que não têm acesso aos serviços de saúde. Tomando-se por base as internações hospitalares, por local de residência, segundo dados do Datasus, constatamos que, em 2012, houve uma redução nas internações de pacientes do SUS, em relação ao ano anterior, de 14.636 (8%). Foram apenas 167.975 internações, que correspondem a 5,95% da população exclusiva do SUS e a 5,31% da população geral. Com base no percentual das internações ocorridas em São Paulo, deveriam ter sido internados, em Alagoas, 276,3 mil pacientes, correspondendo a 108 mil a mais. A situação caótica trouxe consequências graves, aumentando as internações no Hospital Geral do Estado, que passaram de 7.175 (2010) para 9.860 (2011) e 11.571 (2012); e os óbitos, que passaram de 1.499, em 2010, para 2.312, em 2011, e para 2.517, em 2012.
Os reflexos do caos da saúde em Alagoas atingiram a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, que, em face de uma paralisação de médicos anestesiologistas, o Hospital Nossa Senhora da Guia chegou a fechar as suas portas para os atendimentos obstétricos por 90 dias e para as cirurgias pediátricas, por mais de 150 dias. Foram 4.784 internações de pacientes do SUS em relação ao ano anterior.
Mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos durante o ano de 2012, conseguimos cumprir com as nossas obrigações, com legislação da filantropia, quando atingimos 70,5% de atendimentos ao SUS, naturalmente contando com os 10% concedidos para os atendimentos ambulatoriais e os 3% por possuirmos serviços de atenção obstétrica com neonatal e atenção oncológica, além dos 57,5% de pacientes-dia.

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