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Ultrassom com doppler diagnostica trombos, tumores e doenças vasculares

Ultrassonografista Jailda Medeiros, da Emergência 24 Horas da Santa Casa de Maceió

Ultrassonografista Jailda Medeiros, da Emergência 24 Horas da Santa Casa de Maceió

Exames que pareciam futuristas há alguns anos já são realidade em clínicas, hospitais e unidades de emergência, como é o caso da ultrassonografia, exame capaz de avaliar as estruturas internas do corpo através de ondas sonoras inaudíveis ao ouvido humano. Com a evolução da medicina, sempre em busca de soluções para o diagnóstico e tratamento de novas doenças, os cientistas buscaram nos princípios da física ampliar o alcance da ultrassonografia. Surgiu assim a ultrassonografia com doppler colorido e os transdutores de alta frequência com maior poder de resolução, permitindo melhor avaliação do sistema vascular e de estruturas superficiais, como músculos, nervos, tecidos e tendões.
Com o doppler colorido, a ultrassonografia consegue observar o caminho percorrido pelo sangue dentro do vaso, permitindo identificar características específicas, como a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo.
"Essas informações fornecidas pelo exame ultrassonográfico são extremamente importantes para diagnosticar obstruções, estenoses e dilatações sem uso de radiação e podendo ser repetido quantas vezes forem necessárias", informa a médica ultrassonografista Jailda Medeiros Lima, que atua na Emergência 24 Horas da Santa Casa de Maceió.
"Em relação a outros métodos de diagnóstico, a ultrassonografia apresenta inegáveis vantagens, como o fato de ser um método de diagnóstico não invasivo; ser mais acessível; ser realizado por um equipamento de fácil transporte – podendo ser utilizado à beira do leito; ter um menor custo em relação a outros métodos de imagem; além da rapidez diagnóstica e da alta sensibilidade do método", afirma Jailda Medeiros.

Barreiras
Por outro lado, a médica cita algumas desvantagens do doppler colorido, como as relacionadas à barreira acústica apresentada pelo osso, pelo ar nos pulmões e intestino, por eventuais edemas teciduais e por ser um método operador dependente, o que exige a necessidade de conhecimentos técnicos e habilidades de um profissional especializado.
Em algumas ocasiões, a realização do exame ultrassonográfico no trauma apresenta dificuldades decorrentes também da agitação do paciente ou da presença de ferimentos extensos, de corpos estranhos metálicos ou de ar nas partes moles (músculos e tecido gorduroso). Porém, medidas adequadas ajudam a superar tais dificuldades.
"Há situações em que o uso da ultrassonografia com doppler é imprescindível, como nas suspeitas de lesões arteriais, nos traumas, na ruptura de aneurisma da aorta abdominal, nos grandes hematomas pós cateterização diagnóstica, na isquemia arterial aguda do membro inferior, como também nos ferimentos perfuro-cortantes em região cervical, abdominal ou membros", elencou Jailda Medeiros, enfatizando que tais situações são consideradas de emergência, havendo a necessidade de um diagnóstico rápido.

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