Notícias

Confira as últimas notícias e novidades

Santa Casa de Maceió implanta novo protocolo para reduzir risco de óbito por sepse

Antes de você terminar de ler esta reportagem alguém morrerá de sepse no mundo. Cerca de 20 a 30 milhões de pacientes são acometidos de sepse a cada ano no planeta, com mais de 6 milhões de casos de sepse na primeira infância e neonatal, além de mais de 6 mil casos de sepse materna.
A sepse é uma resposta desordenada e desproporcional do organismo contra infecções provocadas por bactérias, fungos, vírus, etc.. Esta tentativa exarcebada de combater o agente invasor acaba provocando inflamação generalizada em todo organismo, danificando órgãos e, por contraditório que pareça, facilitando a ação do agente invasor.
Atualmente a sepse é a principal causa de mortes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), matando mais do que o infarto do coração e do que alguns tipos de câncer. "O Brasil tem uma das taxas mais altas de morte do mundo e nós precisamos reverter este quadro, envolvendo toda a população e evidentemente, melhorando a qualificação dos nossos profissionais de saúde", disse o médico Fábio Lima, coordenador do Comitê Gestor da Sepse da Santa Casa de Maceió.
A instituição alagoana, inclusive, é um dos 40 centros hospitalares brasileiros associados ao Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) entidade que, junto com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira e o Ministério da Saúde, busca reduzir a incidência da sepse no País.
Em Alagoas, a Santa Casa de Misericórdia de Maceió participa da Campanha Mundial da Sepse desde 2008, mas foi em 2011, com a implementação do Protocolo Institucional de Sepse, que os números do combate ao problema ganharam maior visibilidade.
No último trimestre de 2011, a Santa Casa de Maceió registrava 47,46% de óbitos em pacientes com sepse. No primeiro trimestre de 2012, esse percentual caiu para 43,05% e entre abril e junho para 42,1%. Agora, entre julho e agosto, o índice sofreu sua maior redução, cravando em 29,72%, patamar que superou a meta estabelecida pelo Comitê Gestor da Sepse, que era reduzir o índice em cinco pontos percentuais ao ano.
Outros números confirmam os bons resultados obtidos com a implementação do Protocolo Institucional de Sepse. Segundo dados do ILAS, em hospitais públicos (vinculados à rede) a sepse grave e o choque séptico levam a óbito 61,5% dos pacientes acometidos pelo problema. Já nos hospitais privados esse percentual é menor, gira em torno de 40,3%, ficando a média nacional em 51,9%. Nesse contexto, conforme dados da Gerência de Risco e Assistência Hospitalar da Santa Casa de Maceió, a instituição registrou 45,83%, o que também superou a meta definida pelo Comitê Gestor da Sepse.
Para alcançar este objetivo, a Gerência de Risco e Assistência Hospitalar e o Comitê Gestor promoveram diversos treinamentos com os colaboradores do hospital e com o corpo clínico institucional. "Além disso, assumimos a responsabilidade de acompanhar os casos da enfermidade, garantindo sua execução, gerenciando indicadores, devolvendo dados e intervindo quando necessário junto às diversas equipes e unidades da nossa instituição", acrescentou Fábio Lima.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Por favor, escolha a área que deseja conversar para que possamos lhe atender.
//
Consultas e Exames
Fale com nossos atendentes
Marcação de Consultas e Exames