Santa Casa implanta serviço para auxiliar a reabilitação da audição de pacientes em AL
Pouca gente sabe, mas a surdez é mais comum na sociedade do que a gente imagina. Segundo a literatura médica, algo entre 1% e 3% da população possui perda de auditiva em algum nível de gravidade. Considerando o último censo do IBGE, isso representa cerca de 30 mil pessoas somente na capital alagoana.
Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem tem a suspeita clínica de perda auditiva é encontrar um serviço especializado que possa confirmar o diagnóstico de surdez e indicar a melhor alternativa terapêutica disponível para auxiliar na reabilitação do paciente.
Para atender a essa demanda, a Santa Casa de Maceió implantou recentemente um serviço pioneiro entre os hospitais alagoanos que visa atender pacientes com suspeita clínica ou com diagnóstico de surdez confirmado.
Uma equipe multidisciplinar composta por otorrinolaringologistas, fonoaudiólogas e psicólogas, liderada pelos médicos Rodrigo de Mendonça Vaz e João Paulo Lins Tenório, está inteiramente capacitada para confirmar o diagnóstico de surdez bem como para oferecer a orientação adequada e individualizada para cada caso, mesmo em crianças recém-nascidas. A equipe está apta a realizar procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, quando for necessário, porém, mais do que isso, tem a intenção de acompanhar os pacientes e seus familiares em todos os aspectos do problema e durante todo processo de reabilitação auditiva.
Como destaca Rodrigo de Mendonça, existem atualmente vários dispositivos e próteses que auxiliam no resgate da audição. "Não se trata de cura da surdez, visto que não há tratamento que regenere as células do ouvido interno. É fato que nos últimos vinte anos avançamos muito. Com a tecnologia de hoje é possível ajudar na reabilitação de um numero muito maior de pacientes, que não se beneficiariam do uso de aparelhos auditivos convencionais", explicou Rodrigo.
Na lista de opções estão o implante coclear (também chamado de ouvido biônico); diversos outros aparelhos auditivos implantáveis; os tradicionais aparelhos auditivos e, por fim, a cirurgia conhecida como estapedectomia, que remove parte ou todo o estribo e o substitui por uma prótese.
"Para cada tipo de paciente existe uma opção terapêutica que pode trazer maior ou menor benefício. Daí a importância da avaliação de uma equipe multidisciplinar especializada capacitada para orientar e acompanhar o paciente durante todo o processo de recuperação", disse o otorrino João Paulo Lins, que ainda destaca a importância do envolvimento da família do paciente.
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