Cálculos biliares não tratados podem levar a sérias complicações clínicas
A principal preocupação dos médicos em torno do cálculo biliar, cristais que se formam na vesícula biliar, são as complicações do não tratamento da doença. Uma das mais importantes é a cólica biliar, que ocorre quando uma das pedras fica presa na saída da vesícula, impedindo o fluxo de bile, levando a uma distensão importante e a um esforço para expelir a pedra. "O resultado é uma cólica insuportável", diz o cirurgião Robério Melo.
Em outro caso, quando a pedra fica presa logo na saída da vesícula por um período prolongado, ocorre a chamada colecistite aguda, uma inflamação aguda da vesícula biliar com dor intensa e constante, geralmente acompanhada de febre.
O paciente também pode ter a migração de uma pedra da vesícula biliar para o colédoco, que é o principal canal que leva a bile do fígado ao intestino, obstruindo-o. Nestes casos o paciente fica ictérico, ou seja, com a pele e parte branca dos olhos amareladas, pois a bile fica impedida de chegar ao intestino, acumulando-se no fígado e no sangue.
Entre as complicações podem ser listadas ainda a colangite (infecção dos canais biliares por bactérias após a obstrução) e a pancreatite (inflamação do pâncreas). O canal que leva a bile da vesícula para o intestino passa dentro do pâncreas e se junta com o canal principal que drena o suco pancreático. Quando o cálculo obstrui esses ductos, o suco pancreático fica retido e acaba agredindo o próprio pâncreas.
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