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Cuidados paliativos: Assistência humanizada a pacientes do SUS

Tratamento de pacientes com câncer ganha reforço com unidade da Santa Casa de Misericórdia

Reconhecida em 2002 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Cuidados Paliativos é uma especialidade muito nova, mas que faz a diferença para quem se encontra na fase final da vida. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Inaugurada em agosto deste ano, a Unidade Cônego João Barbosa Cordeiro (fundador da Santa Casa de Misericórdia em 1851), instalada no terceiro pavimento da Unidade Docente Assistencial Professor Rodrigo Ramalho, na Praia do Sobral, no Prado, vem cumprindo essa missão, cuidando de pacientes com câncer. Em seus onze leitos, pessoas com as mais diferentes histórias chegam para o que pode ser seus últimos dias de vida.
“Na Unidade, priorizamos o conforto, o carinho, o controle dos efeitos do tratamento e os sintomas da doença para que o paciente possa sentir-se bem enquanto estiver conosco”, disse a oncologista Carolina Zau, que realiza o trabalho junto a uma equipe multiprofissional composta por dois oncologistas, grupo de médicos plantonistas, enfermeira, fonoaudióloga, psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e 14 técnicos de enfermagem.
Um dos pontos fortes no tratamento paliativo é a participação dos familiares, que podem ter um contato maior com o paciente que sabe que está em seus momentos finais. A família, aliás, tem um papel fundamental na condução do trabalho. “O paciente fica mais receptivo aos cuidados por saber que sempre terá alguém da família por perto, tendo a chance de se despedir. Quem tem uma doença que ameace a vida precisa de mais atenção, não apenas de cuidados médicos”, disse Carolina Zau.
Em três meses de funcionamento, a unidade já realizou o internamento de 90 pacientes, destes 49 faleceram em virtude do estágio avançado da doença, 33 receberam alta e oito ainda continuam internados.

Diferenciais
Nas fases iniciais do câncer, o tratamento geralmente é agressivo, com objetivo de cura ou remissão, e isso é compartilhado com o doente e sua família de maneira otimista. Quando a doença já se apresenta em estágio avançado ou evolui para esta condição mesmo durante o tratamento com intenção curativa, a abordagem paliativa deve entrar em cena no manejo dos sintomas de difícil controle e de alguns aspectos psicossociais associados à doença.
“Atendemos os pacientes encaminhados do centro oncológico, da radiologia ou pelo próprio cirurgião da Santa Casa de Maceió”, disse a especialista, explicando que o paciente tem que ter o diagnóstico de câncer e necessitar do controle de sintomas para usar os serviços da Unidade Cônego João Barbosa Cordeiro. “Esse trabalho pode ser feito com ou sem a internação do paciente, já que há casos em que nem sempre é preciso internar”.
Na fase terminal, em que o paciente tem pouco tempo de vida, o tratamento paliativo se impõe para garantir qualidade de vida. “O ideal é que o cuidado paliativo seja feito logo que o paciente recebe o diagnóstico, pois não tratamos apenas os sintomas, mas também os prevenimos. O atendimento de um paciente com a doença em estágio avançado, como metástase, por exemplo, deve ser feito junto com a equipe da oncologia e da radioterapia”, disse a especialista.
Os cuidados paliativos devem incluir as investigações necessárias para o melhor entendimento e manejo de complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à evolução da doença.

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