Doenças cardiovasculares matam mais mulheres que o câncer de mama e de útero
O que mais mata as mulheres atualmente? Os tumores de mama e de útero ou as doenças cardiovasculares? Se você achava que era o câncer, errou. Nada menos que 30% dos óbitos femininos ocorrem por causa das doenças que atingem o coração e o sistema vascular, entre eles o derrame (acidente vascular cerebral – AVC), o infarto entre outros.
“As mulheres têm sete vezes mais chances de ter um AVC ou infarto do miocárdio do que o câncer de mama ou de útero”, alertou a cardiologista Maria Alayde Rivera. Iniciativas de sucesso, como o Outubro Rosa, conseguiram mobilizar a mídia, a sociedade civil organizada, as empresas e as mulheres em torno da prevenção e do cuidado com o câncer, dando a impressão de que as neoplasias são a principal inimiga das mulheres. Na verdade, os cânceres são o segundo inimigo fatal do público feminino, já que as doenças cardiovasculares ocupam o primeiro lugar.
Pesquisa do Datafolha, a pedido do Instituto Oncoguia, confirmou esta assertiva. Na opinião da maioria da população, o câncer (59%) e a Aids (17%) matariam mais. Foram ouvidas 2.571 pessoas em todas as regiões do país. Segundo o estudo, a desinformação é maior entre o público feminino, que teme o câncer ginecológico, mas não as doenças do coração.
Antigamente, as doenças que mais matavam no Brasil eram as infecciosas. Atualmente, estão no topo da lista as doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes. A melhora da condição socioeconômica da população, o estresse e o sedentarismo são alguns dos fatores que contribuem para o aumento no número de óbitos por doenças cardíacas.
Conforme alerta Alayde Rivera, as principais causas da doença cardíaca são fumo, diabetes, hipertensão e colesterol elevado. Indivíduos com histórico na família também devem ficar atentos, principalmente se o pai ou a mãe já manifestaram alguma enfermidade cardiovascular.
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