Radioterapia: Santa Casa de Maceió cobre déficit de R$ 1,5 mi em 2015
Mesmo com os investimentos na linha de cuidados oncológicos, a Santa Casa de Maceió ainda enfrenta um desafio que poderia ser amenizado se a Tabela SUS fosse reajustada ou se o governo apoiasse a instituição com mais incentivos: o crescente déficit entre o que a Santa Casa gasta no tratamento dos pacientes e a receita que recebe do SUS.
Segundo o administrador Dácio Guimarães, diretor administrativo-financeiro da Santa Casa de Maceió, o Serviço de Radioterapia registrou um déficit superior a R$ 600 mil em 2014 e de R$ 1,5 milhão em 2015.
Entre 2014 e 2015 os custos tiveram um salto superior a R$ 1,1 milhão. Já as receitas não acompanharam essa evolução, se mantendo praticamente estáveis com uma leve alta de apenas R$ 211 mil.
Os altos custos da radioterapia se justificam pela complexidade dos procedimentos. São tratamentos personalizados que exigem equipamentos de ponta, modernas técnicas de tratamento, manuseio de radioisótopos, uso de radiação ionizante e uma equipe altamente qualificada.
“Além de possuir uma equipe muito experiente e qualificada, o Serviço de Radioterapia da Santa Casa é o único do estado a realizar dois procedimentos essenciais e igualmente complexos: a braquiterapia para câncer do colo uterino e a radioterapia pediátrica para o SUS, tratamentos onerosos sem os quais as mulheres e as crianças alagoanas com câncer ficariam desassistidas”, comentou o oncologista Marcos Davi Melo.
Somente em 2015, a Santa Casa de Maceió realizou 875 sessões de braquiterapia, um crescimento de 21% em relação ao ano anterior. Deste total, 93% foram em pacientes do SUS e 7%, de convênios e particulares, comprovando a importância da instituição para a população que utiliza o Sistema Único de Saúde.
Ja na oncologia pediátrica, 21 crianças realizaram 330 sessões de radioterapia, sendo 98% SUS e 2% de convênios e particulares.
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