Santa Casa reduz risco de óbito por sepse
Existe um inimigo oculto que mata mais do que o infarto do miocárdio e mais do que alguns tipos de câncer. Seu nome: sepse. Trata-se da principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI) no mundo. A sepse era tida anteriormente como uma infecção generalizada, mas na verdade, trata-se de uma inflamação que se espalha pelo organismo como reação a uma infecção que pode estar localizada em qualquer parte do corpo.
No Dia Mundial da Sepse, celebrado em 13 de setembro, a Santa Casa de Maceió participa de uma ação de conscientização que integra 60 países liderada pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) e pelo Global Sepsis Alliance.
“Neste sentido, a Santa Casa de Maceió vem colhendo os primeiros frutos da implementação de protocolo gerenciado de sepse, ocorrida em 2011”, comentou a médica Tereza Tenório, gerente de Riscos e Assistência Hospitalar.
Segundo o Comitê Gestor de Sepse da Santa Casa de Maceió, a instituição conseguiu reduzir em 60% o número de óbitos por sepse graças a atuação da equipe multidisciplinar e ao protocolo gerenciado. Esse percentual é superior à meta de 25% estabelecida pela Campanha Sobrevivendo à Sepse coordenada pela Ilas.
“Em 2011, quando o protocolo foi implantado na Santa Casa de Maceió, o índice de óbito por sepse era de 53%, girando hoje em torno de 20%”, comemora o médico Fábio Jorge de Lima, que esteve à frente do comitê no período e um dos entusiastas do programa.
Segundo o estudo Spread, conduzido pelo Ilas em 227 unidades de terapia intensiva do Brasil, incluindo a Santa Casa de Maceió, o percentual de letalidade por sepse chega a 55%, “o que demonstra que a atuação de equipe multidisciplinar do hospital está atingindo seu objetivo que é salvar vidas”, destaca a médica intensivista Cláudia Falcão, que atua na Santa Casa de Maceió e preside a Sociedade Alagoana de Terapia Intensiva (Soalti).
Conforme alerta Cláudia Falcão, deve-se observar alguns sintomas como febre alta, aceleração do coração, respiração rápida, fraqueza, pressão baixa, redução na quantidade de urina, sonolência ou sinal de confusão mental.
A médica lembra ainda que têm mais chance de ter sepse os portadores de diabetes, de câncer, soropositivos para HIV, pacientes renais ou quaisquer doenças que reduzam as defesas organismo. “É importante saber que qualquer pessoa, de qualquer idade, e não apenas idosos, podem ter sepse”, complementou Cláudia Falcão.
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