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Vinte segundos que salvam vidas

Em 20 segundos é possível diminuir em 80% o risco de infecções hospitalares. A marca é alcançada com ações simples, como a higiene correta das mãos. Para incentivar a prática, a Santa Casa de Maceió segue os protocolos desenvolvidos pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) e executa campanhas, treinamentos e fiscalização nos setores para reforçar a segurança no atendimento do paciente e do profissional de saúde.

A médica Tereza Tenório e a enfermeira Marília Ferreira da CCIH da Santa Casa de Maceió

Baseada em evidencias científicas, a higienização das mãos é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde. Com a pandemia da covid-19, a importância da ação tão simples, que pode ser executada em poucos segundos, foi comprovada e protege tanto o profissional como o paciente.

“Fazemos campanhas e treinamentos periódicos no hospital. Lavar as mãos é algo tão simples, mas que pode diminuir as infecções e a resistência bacteriológica aos antibióticos, evitando a transmissão de microrganismos. Nos treinamentos falamos sempre em números e eles assustam. Por exemplo, podemos salvar oito entre 10 pacientes de alguma infecção com a higienização correta das mãos. São vinte segundos que podem salvar vidas”, disse Tereza Tenório, gerente de Riscos e Assistência Hospitalar.

As infecções hospitalares ou Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS) podem ser reduzidas a um mínimo, especialmente, nos pacientes graves e àqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos. “Podemos fazer a higienização das mãos de duas formas: com a água e sabão líquido, quando é preciso molhar, ensaboar, esfregar, enxaguar e secar as mãos; e com o álcool a 70%, de forma mais rápida e eficiente, já que o produto é bactericida, bacteriostático e virucida, ou seja, tem capacidade de matar esses agentes. Em até 20 segundos é possível fazer o passo a passo de higienização das mãos e prevenir uma infecção”, explicou a enfermeira Marília Ferreira da CCIH.

Na Santa Casa de Maceió, um observatório formado por cinco enfermeiros fiscaliza se a prática está sendo cumprida compulsoriamente nos setores do hospital. “A observação é diária e dura cerca de 30 minutos por setor, em períodos alternados (manhã e tarde). Elas são realizadas nas unidades de internação, principalmente nas UTIs, já que atendem pacientes mais críticos. Uma infecção nesse tipo de paciente pode ser mais grave”, detalhou a enfermeira.

A higienização das mãos pode ser feita em qualquer momento, mas na assistência ela tem que acontecer em cinco tempos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS): antes de contato com o paciente; antes de realizar qualquer procedimento limpo ou asséptico com o paciente; após contato com o paciente; após contato com áreas próximas ao paciente; e após exposição a fluído corporais. O processo serve para proteger a equipe, o paciente e seus familiares.

“O trabalho de conscientização de higienização também é feito com os pacientes e seus acompanhantes. Eles são orientados a fiscalizar e lembrar aos profissionais que entram no quarto sobre a assepsia das mãos”, finalizou Tereza Tenório.

 

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